Resumo
Em Alagados , a qualidade dos espaços públicos transcende sua materialidade e está muito relacionada à uma idéia de calor, de troca, de presença. A construção dos lugares passa pelo corpo, pela memória e pelos afetos. A partir da subjetividade dos moradores, se constroem territorialidades vivas e transitórias que condicionam os percursos no bairro. Diante disso, é possível pensar num “urbanismo aqui e agora” a partir de uma atuação micropolítica que seja capaz de desestabilizar os limites subjetivos que dificultam a permeabilidade e a possibilidade de troca no bairro. Essa perspectiva aponta para a possibilidade de construção de uma metodologia urbanística capaz de pensar a cidade a partir do campo, tendo como base a noção de experiência, a relação com o outro e o engajamento direto do arquiteto-urbanista no processo projetual.
Palavras-chave: Espaço Público, Participação, Metodologia, Processo.